Pesquisar na Lua da Ana...

30 de novembro de 2006

Uma história de amor....

Hoje, deixo-vos um miminho para o fim de semana...leiam, imprimam, reencaminhem e leiam aos filhos antes de dormir. Está é uma das minhas histórias preferidas e descobri esta semana que se calhar pouca gente sabe disso....
Porque é linda e terna e mostra a todos a força do amor e a importância de "serMãe". De José Eduardo Agualusa, "O Pai que se tornou Mãe".


"Toda a gente sabe que são as mães que trazem os filhos dentro da barriga. Os bebés formam-se no ventre das mães, crescem, e depois saltam cá para fora — para a luz. Por isso dizemos que as mulheres dão à luz.
O que pouca gente sabe é que há uma excepção. Existe uma espécie animal em que é o pai que cria os filhos dentro da barriga e é ele que os entrega à luz: o cavalo-marinho.
Como é que isto aconteceu? É essa a história que hoje vos quero contar: uma incrível história de amor. O fim talvez seja um pouco triste. Mas é sempre assim: as histórias de amor só são felizes quando não as contamos até ao fim.

Há muito, muito tempo, no tempo em que os Homens ainda não falavam, no tempo em que os dinossauros ainda andavam pela terra, nesse tempo vivia no mar um casal de cavalos-marinhos. Ele chamava-se Mário, ela Maria. Ela chamava-lhe Márinho, ele chamava-lhe Mariaminha. Mário e Maria andavam sempre juntos. O mar, para eles, era um imenso jardim. Naquele tempo estava tudo no princípio, todas as coisas eram novas e brilhavam (como um par de sapatos acabados de estrear). Mário e Maria gostavam de passear, de descobrir animais estranhos, paisagens perdidas, outros mares.
— Olha, Márinho! — gritava Maria espantada — vê como são bonitas!...
Eram medusas. Bailavam lentamente entre as algas, desapareciam nas ondas, pareciam feitas apenas de água e de luz.
— Também se chamam alforrecas ou águas-vivas — disse-lhe Mário — Não têm boca, mas mordem.
Maria gostava do nome águas-vivas. Mário explicou-lhe que elas se chamam assim porque Deus, para fazer a primeira criatura, misturou a água com o lume e a isto juntou barro. Porém, antes de juntar o barro, caiu-lhe das mãos um pouco de água, e Ele percebeu que essa água já estava viva: era uma alforreca. Por isso, porque Deus não chegou a dar-lhes forma, é que as alforrecas são animais tão simples — não têm boca, não têm braços nem pernas mas, por causa do lume queimam quando alguém tenta agarrá-las.
Maria também gostava das baleias. Eram grandes como montanhas, mas muito delicadas, e não faziam mal a ninguém. Cantavam ao amanhecer, brincavam com os filhos, juntavam-se para ver o espectáculo do pôr-do-sol.
Nos dias de tempestade o mar escurecia. Maria tinha medo. Nesses dias abraçava-se a Mário e ficava a ver os peixes — coitados dos peixes! — a girarem, meio tontos, arrastados pelas fortes correntes.

Uma manhã Maria acordou doente. Tinha perdido o brilho. Ela que sempre tivera uma cor tão bonita — todo o seu corpo era de um amarelo iluminado — estava a ficar baça e transparente. Sentia-se muito leve, sentia que alguma coisa se apagava lentamente dentro dela. Mário, sempre tão calmo, ficou nervoso. Foi consultar o golfinho, que é um animal inteligente e muito viajado; mas o golfinho nunca tinha visto nada assim. À medida que as horas passavam Maria tornava-se menos existente desaparecia. Primeiro desapareceu-lhe a cauda, as barbatanas perderam toda a cor, e até a sua voz ficou mais fraca, como se ela estivesse a afastar-se para muito longe.
— Não me deixes — pediu-lhe Mário — Ainda temos tanta coisa a descobrir.
Maria ficou com pena. Não podia deixá-lo tão sozinho. Com as poucas forças que lhe restavam encostou-se a ele.
— Vou dar-te os nossos filhos — disse, e abriu-lhe a barriga e colocou dentro dele todos os seus ovos —. Quando eles nascerem mostra-lhes o mar.
Disse isto num suspiro e desapareceu. Durante os primeiros dias, sozinho, Mário sentiu-se perdido. O mar deixara de ser um jardim: achava-o agora grande, escuro e perigoso.
E sem a alegre surpresa de Maria nada lhe parecia realmente novo. Passado algum tempo, porém, notou que o seu corpo se modificava a barriga crescera, tornara-se firme e redonda, e ele começou a sentir-se outra vez alegre, num estranho alvoroço, embora não soubesse muito bem porquê. Era como se tivesse uma festa a crescer dentro de si.
Então, numa manhã de muito sol, com o mar todo iluminado, Mário viu que a sua barriga se abria, e viu saltarem lá de dentro dezenas de pequeninos cavalos-marinhos. Eram os seus filhos.

Talvez há pouco eu me tenha enganado. Parece-me agora que esta história tem um final feliz. Porque decidi que ela acaba aqui, num nascimento, e porque a partir daquela manhã de sol, passou a existir neste nosso planeta um pai que dá à luz."


Coração apertadinho....

Não sei porquê....
Não há nada diferente das outras vezes...
Mas desta está a custar mais...
Os miúdos vão hoje para Vila Nova de Cerveira passar o fim de semana e eu não queria nada....
Ai.... Detesto viagens em fins de semana grandes....

28 de novembro de 2006

Voluntários???

Hi hi hi....

Quem quer contribuir para a paz mundial....

...por favor é só seguir as instruções

27 de novembro de 2006

A minha semana passada...


O Tomás esteve com varicela....
Uma semana inteirinha em casa com a Mãe....
Muitas arrumações e limpezas....
Muito tempo para miminhos extras, fazer bolos, gelatina, pudins e prendas para o Natal....
Um problema grave que não se resolveu....
Um filho com varicela que queria estar bom e poder ir à escola... e um filho que estava bom e que queria estar com varicela para ficar com a Mãe em casa....
(não houve resolução possivel)

17 de novembro de 2006

Sexta-feira....

Que bom....
Há novidades aqui pelo trabalho, que são: "Vai haver novidades a 30 de Janeiro", simples....
ping-pong...ping-pong.... e nós cá vamos andando.... pong! até Janeiro.
Vou para Lisboa à noite.... vou ver o Luis Represas e o João Gil em Sintra... vai ser giro! Apetecia-me sair...já vos disse?
Tenho saudades de algumas coisas importantes... sim porque há coisas que preciso e sair e divertir-me é uma delas. Recuso-me a aceitar as pantufas e o sofá como preferência para os fins do dia. Música alta... falar aos ouvidos e aos gritos.... a magia da noite. Os cheiros, os segredos e as potencialidades...
Mas pronto... faltam os amigos... com vontade de o fazer, principalmente...
Se calhar um dia destes ponho um anuncio....
"Precisam-se amigos para uma noite de farra.
Não são admitidos curriculos com preferências por jantares em casa
e DVD's ultimo grito para ver a seguir. Admite-se preferencialmente
aqueles que gostam de jantares prolongados, a começar
depois das 22 horas e acompanhados por sangria....
Depois ir aqui e depois ali e depois voltar lá.
Preferência pelo consumo de bebidas brancas.
Sentido de humor apurado e boa disposição permanente.
Não se admitem cinderelas que se transformam em abóboras .
se não tiverem em casa à meia noite."
Não conhecem ninguem assim, pois não??
... eu bem me parecia!

14 de novembro de 2006

Que bom.....



Que bom, que bom que bom....

Vai correr tudo bem....

Conta comigo!!!!

10 de novembro de 2006

Amanhã é Dia de S.Martinho!

Em Portugal, o Outono e a chegada definitiva do tempo frio são comemorados no dia 11 de Novembro, Dia de São Martinho. Neste dia, um pouco por todo o país, assam-se castanhas, bebem-se vinho novo e água pé e, em alguns pontos do país, ainda há quem reuna familiares e amigos à volta de uma fogueira ao ar livre...
Mas poucos são aqueles que sabem qual o real significado do Dia de São Martinho, ou mesmo o que é a água pé...


Começando pela história de São Martinho, reza a lenda que, "num dia tempestuoso ia São Martinho, valoroso soldado romano, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo quase nu, tremendo de frio, que lhe estendia a mão suplicante... S. Martinho não hesitou: parou o cavalo, poisou a sua mão carinhosamente na do pobre e, em seguida, com a espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo. E, apesar de mal agasalhado e sob chuva intensa, preparava-se para continuar o seu caminho, cheio de felicidade. Mas, subitamente, a tempestade desfez-se, o céu ficou límpido e um sol de Estio inundou a terra de luz e calor. Diz-se que Deus, para que não se apagasse da memória dos homens o acto de bondade praticado pelo Santo, todos os anos, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio e o céu e a terra sorriem com a benção dum sol quente e miraculoso." É o chamado Verão de São Martinho!"

O costume do Magusto, que tradicionalmente começava no Dia de Todos-os-Santos, é simultaneamente uma comemoração da chegada do Outono e um ritual de origem religiosa: o dia do Santo Bispo de Tours (São Martinho) está historicamente associado à abertura e prova do vinho que foi feito em Setembro. A água pé é o resultado da água lançada sobre o bagaço da uva, donde se retirava o pouco de mosto que aí se mantinha. Esta bebida pode ser consumida em plena fermentação ou, depois disso, adicionando-lhe álcool.
Assim, diz o ditado popular "no dia de S. Martinho vai à adega e prova o vinho". No fundo, com o São Martinho e o Magusto comemora-se a proximidade da época natalícia, e mais uma vez, a sabedoria popular é esclarecedora: "dos Santos até ao Natal, é um saltinho de pardal!"

2 de novembro de 2006